CENTRALIZAÇÃO DECISÓRIA E A EXCLUSÃO DE MULHERES DA COALIZÃO DOMINANTE DOS PARTIDOS POLÍTICOS
Resumo
No presente artigo, partimos do pressuposto de que uma das funções das organizações partidárias é formar e oferecer a classe política ao Estado e, nessa esteira, realizar a formação política de seus membros. Desde o fim do financiamento de pessoa jurídica, os partidos políticos brasileiros passaram a ser dependentes do financiamento público para a realização de campanhas e a manutenção da organização. Quem decide sobre esses recursos é diretório ou Comissão Executiva Nacional, de forma discricionária. Fazemos uma discussão sobre a organização partidária, a partir da análise da coalizão dominante dos partidos, de Panebianco e da análise descritiva da organização dos partidos em nível estadual e composição por gênero nos estados do Sul do país. A alta centralização partidária e a fragilidade estrutural dos partidos podem colaborar para um congelamento da coalizão dominante do partido, distante das bases, e com o afastamento dos partidos de sua função de representação e tradução de demandas de minorias sociais, como de mulheres, ficando a cargo de outras organizações o seu recrutamento e formação.
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Revista do Legislativo Paranaense ISSN: 2595-6957